Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Estudo prospectivo randomizado sobre a luxação traumática de patela: tratamento conservador versus reconstrução do ligamento femoropatelar medial com tendão patelar - mínimo de dois anos de seguimento

2011; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 46; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/s0102-36162011000600009

ISSN

1982-4378

Autores

Alexandre Carneiro Bitar, Caio Oliveira D’Elia, Marco Kawamura Demange, Alexandre Christo Viegas, Gilberto Luís Camanho,

Tópico(s)

Knee injuries and reconstruction techniques

Resumo

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar os resultados da cirurgia (reconstrução do ligamento femoropatelar medial; LFPM) com os resultados do tratamento conservador da luxação primária de patela. MÉTODOS: Trinta e nove pacientes (41 joelhos) com luxação de patela foram randomizados em dois grupos (um grupo foi tratado conservadoramente - imobilização e fisioterapia - e o outro cirurgicamente com a reconstrução do LFPM) e foram avaliados com um seguimento mínimo de dois anos. O questionário de Kujala foi aplicado para avaliar dor e qualidade de vida e as recidivas foram avaliadas. Os testes do Qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher foram utilizados na avaliação estatística. RESULTADOS: A análise estatística mostrou que a média do escore de Kujala foi significativamente mais baixa no grupo conservador (70,8) quando comparada à média do grupo cirúrgico (88,9), com p = 0,001. O grupo cirúrgico apresentou maior porcentagem de resultados bom/excelente (71,43%) no escore de Kujala quando comparados ao grupo conservador (25%) com p = 0,003. O grupo conservador apresentou um número maior de recorrências (35% dos casos), enquanto que no grupo cirúrgico não houve relatos de recorrências e/ou subluxações. CONCLUSÕES: O tratamento com a reconstrução do ligamento femoropatelar medial com o tendão patelar produziu melhores resultados, com base na análise das recorrências pós-tratamento e nos resultados finais melhores no questionário de Kujala após um seguimento mínimo de dois anos.

Referência(s)