Artigo Acesso aberto Produção Nacional

HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO CAROÇO DE AÇAÍ (Euterpe oleracea Mart) PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5380/rber.v8i1.53977

ISSN

2237-9711

Autores

Márcio de Andrade Cordeiro, Ossalin de Almeida, Douglas Alberto Rocha de Castro, Haroldo Jorge da Silva Ribeiro, Nélio Teixeira Machado,

Tópico(s)

Enzyme Catalysis and Immobilization

Resumo

O aproveitamento do caroço de Açaí (Euterpe oleracea Mart), com fins energéticos tem sido pouco estudado, por tanto buscou-se nesse artigo estudar a produção de etanol de segunda geração a partir da hidrólise enzimática do caroço de açaí in natura e tratado com solvente em duas condições de temperaturas (60 e 70 °C). Como resultados do processo de hidrólise enzimática, o caroço de açaí sem tratamento na temperatura de 60 °C (CANT60) mostrou ser uma biomassa lignocelulósica promissora para a obtenção de etanol, por conter um alto teor de celulose (40,29%), além de apresentar bons rendimentos na liberação de glicose (13,687 g.L-1) após a hidrólise enzimática. No tratamento com solvente do caroço de açaí (CAT), na conversão de celulose em glicose, o rendimento ficou abaixo de 25%, nas duas condições de temperaturas (60 e 70 °C), não foi capaz de desestruturar a parede vegetal da biomassa, em especial, celulose, hemicelulose e lignina. Mediante a análise dos dados experimentais, podemos dizer que a melhor condição da hidrólise enzimática do caroço de açaí foi o CANT60 com rendimentos de 84,54% em relação a concentração inicial de celulose e de 34,08% em relação a concentração inicial da polpa do caroço de açaí (40 g.L-1). A glicose obtida pela hidrólise enzimática do caroço de açaí foi bem assimilada pela levedura Saccharomyces cerevisiae para a produção de etanol, o rendimento, correspondeu a 87,08% em relação a concentração inicial de glicose (13,68 g.L-1).

Referência(s)