Artigo Acesso aberto Revisado por pares

A Filosofia Trabalhista da Revolução de Março

2017; Escola Nacional de Administracao Publica; Volume: 105; Issue: 3 Linguagem: Português

10.21874/rsp.v0i3.2594

ISSN

2357-8017

Autores

Jarbas Passarinho,

Tópico(s)

Social and Political Issues

Resumo

No seu longo e tortuoso itinerário, desde as origens marcadas pela influência fascista da “Carta dei Lavoro” até a tentativa da implantação do arremedo “Justicialista”, o trabalhismo brasileiro, em verdade, não teve uma definição ideológica. Exceto Pela atuação dos ativistas marxistas, que sempre lhe disputaram o poder, para usar os sindicatos como instrumentos de sua luta de classes, o movimento trabalhista brasileiro viveu apenas o estágio da política de clientela. Os governos pseudotrabalhistas, ou ávidos de popularidade, calculadamente distribuíam favores, individuais ou grupais, como forma de se assegurarem o apoio das cúpulas corrompidas e corruptoras e, através delas, obterem a simpatia da massa operária. Os favores, pagava-os a Nação e, em última análise, pagavam-nos os próprios trabalhadores. Em 1964 havíamos chegado ao clímax dos efeitos perniciosos dessa política de clientela trabalhista. A previdência social, salvo pouquíssimas exceções, desastradamente administrada, era a imagem viva de institutos ineficientes, do empreguismo nepotista e de escândalos de toda ordem.

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