Artigo Acesso aberto

Da periferia ao centro

2024; Volume: 8; Issue: 3 Linguagem: Português

10.20396/modos.v8i3.8676389

ISSN

2526-2963

Autores

Cláudia de Oliveira,

Tópico(s)

Urban and sociocultural dynamics

Resumo

Este artigo trata da trajetória de Angelina Agostini em Londres, entre 1914 e c.1920, para mostrar como a artista, em plena Primeira Guerra Mundial, cruzou fronteiras, literal e metaforicamente, para se aprimorar como artista e afirmar-se como mulher independente, num momento em que ambas as posições ainda estavam longe de serem favoráveis às mulheres. O artigo divide-se em sete seções. Inicia-se com a participação de Angelina na exposição da Royal Academy of Arts em 1917, para a qual foi selecionada a despeito da misoginia do Royal Committee; prossegue discutindo a tela Model’s Rest, para indicar a sintonia da brasileira com uma produção de nus femininos então realizados por artistas mulheres britânicas e como essas obras femininas fizeram parte da luta por igualdade de direitos para as mulheres em geral e as artistas em particular. Em seguida, analisamos seu autorretrato, realizado em 1915, para evidenciar como a artista em Londres vai se convertendo na “Nova Mulher” moderna. Prosseguimos apresentando a produção artística feminina durante a Guerra, bem como a participação de Angelina Agostini em exposições no imediato Pós-guerra. Finalizamos com uma descrição do fervilhante bairro de Chelsea, considerado a Montmartre londrina à época, onde Angelina viveu e trabalhou, e onde a intensa sociabilidade favorecia aos artistas vivenciarem uma formação artística não convencional.

Referência(s)