Como entrou a siderurgia em Portugal
2003; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; Volume: 37; Issue: 165 Linguagem: Português
ISSN
2182-2999
Autores Tópico(s)History, Culture, and Society
ResumoQuiseram os acasos da politica que fosse o Eng. Ferreira Dias a estar presente, enquanto ministro da Economia, na inauguracao oficial das instalacoes do Seixal da Siderurgia Nacional, em Agosto de 1961. Ele que, ainda estudante, vira um pequeno convertidor de aco a trabalhar em Santo Amaro, desde entao lhe ficando «sempre a siderurgia num recanto do coracao»1. No discurso que entao proferiu, o ministro refere, com simpatia, uma frase que recentemente ouvira: «Pais sem siderurgia nao e um pais, e uma horta2.» E, mais adiante, recorda ter falhado por «apenas sete anos» o alvo que em 1945 propusera, quando escreveu que «bem digno seria de um povo viril o comemorarmos o tricentenario desta publicacao [do alvara regio de D. Joao IV de Outubro de 1654] com o renascer da siderurgia em Portugal»3. Este argumento, que podemos designar como o do orgulho nacional, esteve quase sempre presente nos numerosos escritos dos que, ao longo da primeira metade do seculo xx (e ja anteriormente), se bateram pela instala-
Referência(s)