As guerras de independência no romance histórico brasileiro contemporâneo: conflitos, fissuras, dissenções
2010; Volume: 6; Issue: 8 Linguagem: Português
10.48075/rlhm.v6i8.5334
ISSN1983-1498
Autores Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoSetores tradicionais da historiografia brasileira, na linha da famosa cordialidade desse povo, tao mentada por importantes setores da intelectualidade nacional, costumam apresentar o processo de independencia do pais como pacifico. No dia sete de setembro de 1822, o Principe herdeiro portugues proclamou a independencia do novo pais e instaurou o regime monarquico que durou ate 1889. Manteve, com esse ato, sob sua coroa o imenso territorio que hoje constitui o Brasil. Na verdade, o processo de construcao do estado brasileiro nao foi tao pacifico como costumam contar em muitos livros escolares de historia nem tampouco deixou de colecionar conflitos ao longo de cerca de um seculo. Nas ultimas decadas, historiadores e romancistas vem se encarregando de apontar as fissuras e dissencoes desse processo. A historia, desse modo, aparece reescrita em varios romances com diferentes paradigmas textuais. Nesse contexto, o presente trabalho aponta como tres escritores contemporâneos trataram de aspectos das guerras de independencia. Assim, a leitura de Viva o povo brasileiro (1984), de Joao Ubaldo Ribeiro; Lealdade (1997), de Marcio Souza e Anita (1999), de Flavio Aguiar, demonstra como a literatura pode ler de modo privilegiado os signos da historia.
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