Musicoterapia - Uma pesquisa sobre sua utilização para pacientes esquizofrênicos *
1984; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO; Volume: 33; Issue: 3 Linguagem: Português
ISSN
1982-0208
AutoresClarice Moura Costa, Martha N. S. Vianna,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoTerapia, em sua origem grega, significa simplesmente servico, segundo Masserman (1979), que define psicoterapia como um servico, uma ajuda que um ser humano pode prestar a outro, seja qual for a modalidade ou as tecnicas empregadas, podendo dividir-se, de acordo com Wolberg (1954) em : 1 – Psicoterapias de apoio – vao ter acao sobre o sintoma; 2 – Psicoterapias de insight com metas reeducativas – vao trabalhar os conflitos mais conscientes, procurando o reajustamento do individuo. 3 – Psicoterapias de insight com metas reconstrutivas – vao procurar atingir conflitos inconscientes com esforcos para conseguir alteracoes extensivas da personalidade. (p.8). Para o autor, a musicoterapia e uma terapia de apoio, com acao sobre o sintoma. No entanto, o que vem a ser um tratamento sintomatico? Ainda citando Masserman (in Splittler, H. 1974), para se remover um sintoma, mesmo orgânico, e preciso tratar sua causa, logo “toda boa psicoterapia resolve os conflitos subjacentes e promove adaptacoes mais saudaveis, sendo, portanto, mais que sintomatica” (p.48). a resolucao de um aspecto peicopatologico vai, por semelhanca ou contiguidade, atingir outros aspectos, havendo, como reconhece Wolberg (1954), um estimulo para a transformacao da personalidade em profundidade. Sera a musicoterapia uma terapia de apoio ou oferece a possibilidade de contribuir para modificacoes de estruturas profundas da personalidade? E, antes de tudo, a musica pode tratar? Para responder a estas questoes, aponta-se frequentemente a necessidade de estudar mais profundamente os efeitos dos sons sobre o ser humano. No entanto, acreditamos que o assunto pode ser abordado sob outro ângulo, tecendo um paraleleo entre as psicoterapias verbais, as terapias pela arte e a musicoterapia. Hoje em dia dificilmente se poes em duvida o valor terapeutico da palavra, ja convalidada pela psicanalise. No entanto Freud (1948), nos seus primordios, diz textualmente:
Referência(s)