Biometric and physiological quality of Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. seeds from different mother trees.
2009; Editora da Universidade de São Paulo; Volume: 37; Issue: 82 Linguagem: Português
ISSN
2318-1222
AutoresF. S. dos Santos, Rinaldo César de Paula, Débora Zumkeller Sabonaro, Jane Valadares,
Tópico(s)Agricultural and Food Sciences
ResumoThis study aimed to determine the variation in biometric and physiological quality traits of seeds proceeding from different mother trees of Tabebuia chrysotricha (Mart. ex. A. DC.) Standl. Biometric traits were determined for the size (length, width and thickness) and fresh matter of seed, in completely random design with eight replications of 50 units, the averages were compared by Scott-Knott test at 5% probability. To evaluate the physiological quality, initially the seed water content was obtained and tests of germination and of accelerated aging were conducted. The germination test was carried out under constant temperature of 25°C. For substrate two sheets of paper germitest were used. The characteristics evaluated were the percentage of germination and normal seedlings; speed germination index; peak value and mean daily germination; germination value; length and dry weight of seedlings and percentage of seed polyembryony; for these tests eight replications of 25 seeds per treatment were used. The accelerated aging test was conducted at 45°C for 72 hours, using four replications of 25 seeds; the seed water content was determined, as was the percentage of normal seedlings in the germination test. The statistical design was completely randomized and the means were compared by Scott-Knott test at 5% probability. Estimates of correlation coefficients were obtained between the traits evaluated. The results indicate the existence of significant variation be1Mestre em Agronomia (Producao e Tecnologia de Sementes) pela Faculdade de Ciencias Agrarias e Veterinarias da Universidade Estadual Paulista Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n Jaboticabal, SP 14884-900 Email: fab.ssantos@hotmail.com 2Professor Adjunto do Departamento de Producao Vegetal da Faculdade de Ciencias Agrarias e Veterinarias da Universidade Estadual Paulista Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n Jaboticabal, SP 14884-900 Bolsista CNPq Email: rcpaula@fcav.unesp.br 3Doutoranda em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual Paulista – Campus de Rio Claro Email: dzsabonaro@hotmail.com 4Doutoranda en Agronomia (Genetica e Melhoramento de Plantas) pela Faculdade de Ciencias Agrarias e Veterinarias da Universidade Estadual Paulista Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n Jaboticabal, SP 14884-900 E-mail: jane_valadares@yahoo.com.br Santos et al. – Biometria e qualidade fisiologica de sementes de diferentes matrizes de Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex A. DC.) StandI. 164 Sci. For., Piracicaba, v. 37, n. 82, p. 163-173, jun. 2009 INTRODUCAO Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. DC.) Standl. e uma especie arborea pertencente a familia Bignoniaceae, conhecida popularmente como ipe-amarelo-cascudo, que pode atingir ate 10 m de altura e 40 cm de diâmetro do tronco (LORENZI, 1992). Arvore extremamente ornamental, podendo ser utilizada na arborizacao de ruas e parques e em reflorestamentos mistos destinados a recomposicao de vegetacao arborea. Embora seja uma especie de grande valor, existem poucas informacoes sobre suas sementes (SANTOS et al., 2005). O tamanho e as caracteristicas das sementes sao de grande importância para o estudo de uma especie. E um parâmetro basico para entender a dispersao e o estabelecimento de plântulas (FENNER, 1993), sendo tambem utilizado para diferenciar especies pioneiras e nao pioneiras em florestas tropicais (BASKIN e BASKIN, 1998). Durante a maturacao, as sementes crescem em tamanho ate atingirem o valor caracteristico para a especie (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000), porem dentro da mesma especie existem variacoes individuais devido a influencia ambiental durante o desenvolvimento das sementes e da variabilidade genetica entre as matrizes (TURNBULL, 1975). Desta forma, o tamanho das sementes pode variar entre e dentro de arvores matrizes. De acordo com Carvalho e Nakagawa (2000), em geral, as sementes de maior tamanho foram mais bem nutridas durante o seu desenvolvimento, possuindo embriao bem formado e com maior quantidade de substâncias de reserva sendo, consequentemente, as mais vigorosas. A maior quantidade de reserva aumenta a probabilidade de sucesso no estabelecimento da plântula (HAIG e WESTOBY, 1991), pois permite a sobrevivencia por maior tempo em condicoes ambientais desfavoraveis. Popinigis (1985) comenta que o tamanho da semente, em muitas especies, e indicativo de sua qualidade fisiologica, porem resultados de pesquisas nem sempre corroboram esta afirmacao, conforme os encontrados por Aguiar et al. (1979) com sementes de Eucalyptus grandis Hill. ex Maiden e E. urophylla S.T. Blake em que a capacidade de germinacao nao foi afetada pelo tamanho das sementes; por Aguiar et al. (1996) que observaram maior germinacao de sementes grandes de Caesalpinia echinata Lam. (pau-brasil), comparativamente as medias e pequenas, apenas em condicoes de laboratorio, mas nao em casa de vegetacao; e por Alves et al. (2005), que constataram que a germinacao de sementes de Mimosa caesalpiniifolia Benth. (sancao-do-campo) de diferentes procedencias nao foi influenciada pelas classes de tamanho, porem o vigor apresentou relacao direta com o tamanho, justificando a adocao de classes de tamanho para a formacao de mudas. Dentro da mesma especie, existem variacoes individuais entre arvores devido as influencias ambientais durante o desenvolvimento das sementes e a variabilidade genetica. A alta variabilidade genetica devido ao estadio relativamente selvagem, sem domesticacao, aliado a alogamia, tem sido apontadas como as causas da grande variacao no processo germinativo de sementes de especies florestais nativas do Brasil. E sempre questionada, por exemplo, sobre a magnitude desta variacao. Para que haja representatividade no estudo de producao de mudas e plantios de recomposicao ou de producao, recomenda-se trabalhar com sementes provenientes de pelo menos 12 ou 13 matrizes (KAGEYAMA et al., 2003), formando um lote unico pela mistura equitativa de sementes das matrizes amostradas, porem estudos sobre a variabilidade entre matrizes quanto a tecnologia de germinacao sao relativamente escassos. Isto posto, o presente trabalho teve como objetivo verificar a variacao quanto a caracteres biometricos e de qualidade fisiologica de sementes de diferentes matrizes de Tabebuia chrysotricha (Mart. ex. A. DC.) Standl. (ipe-amarelo).
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