Artigo Acesso aberto

The 1570 martyrdom of Blessed Ignatius de Azevedo and his thirty nine companions in the hagiography of the Society of Jesus between the 16th and 19th centuries

2010; Issue: Vol. 27 Linguagem: Português

10.4000/cultura.354

ISSN

2183-2021

Autores

Cristina Osswald,

Tópico(s)

Religion and Society in Latin America

Resumo

No dia 15 de Julho de 1570 o recém-eleito Provincial do Brasil, Inácio de Azevedo, trinta e sete companheiros e um candidato à Companhia foram martirizados às mãos dum grupo de huguenotes no mar em frente à Ilha de Palma, Canárias. No dia seguinte foi martirizado o irmão Simão Costa. Estes quarenta mártires (32 portugueses e 8 castelhanos) são normalmente designados como os Mártires do Brasil, pois dirigiam-se à missão do Brasil. Uma bula de 21 de Setembro de 1742 por Bento XIV reconheceu o martírio dos quarenta religiosos, tendo Pio IX procedido à sua beatificação em 11 de Maio de 1854. Esta expedição comandada por Inácio de Azevedo foi simultaneamente a expedição missionária mais numerosa que partiu de Lisboa para as missões extra-europeias e o martírio colectivo mais numeroso de jesuítas em toda a Época Moderna. O mesmo episódio teve um importante significado hagiográfico, pois reunia simbolicamente a Europa dividida pelas lutas religiosas e as missões extra-europeias. A importância deste episódio deriva ademais do facto de estar ligado à difusão do culto da Madona di San Luca, um dos principais cultos jesuítas na Época Moderna.

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