Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Imperador até morrer: antropologia dos ciclos temporais de uma escola de samba em Porto Alegre-RS

2002; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 3; Issue: 5 Linguagem: Português

10.22456/1984-1191.9130

ISSN

1984-1191

Autores

Liliana Tubello S. Guterres,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir as representações de tempo observadas entre um grupo de pessoas que trazem em comum sua ligação com o carnaval de Porto Alegre/RS. A antropologia há muito está preocupada com a questão das diferentes noções de tempo existentes entre as culturas. Da Matta (1983) aponta para, pelo menos, duas concepções clássicas; a uma representação do tempo linear, histórico - presente na ideologia ocidental dominante -, contrapõe-se uma outra forma de reconhecer, representar e viver a experiência temporal, percebendo-a dentro de uma cronologia cíclica. Imperadores do Samba1. Percebe-se que inúmeros participantes, ao vivenciarem o carnaval, colocam-se frente a uma experiência cíclica do tempo, singularizando sua percepção da temporalidade vivida, marcando-a por uma ordenação cronológica que não se orienta fundamentalmente por datas fixadas pelo calendário cristão. Para além de uma experiência individual, os carnavalescos orientam-se, temporalmente, por referenciais coletivos outros, próprios da sua cultura.

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