STEWART, Thomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
1999; Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
1981-5344
AutoresAna Cristina Marques de Carvalho, Leonardo Pellegrino de Souza,
Tópico(s)Business and Management Studies
ResumoAinformacao e o conhecimento tem sido considerados as armas da atual sociedade. No ambiente de negocios, as empresas bem sucedidas sao aquelas que tem as melhores informacoes ou as que as controlam de forma mais eficaz. Pioneiro na area de capital intelectual, Stewart escreveu alem deste livro, uma serie de outros artigos que lhe conferiram o titulo de principal defensor da gerencia do conhecimento. Sua proposta nesta obra e mostrar como transformar o conhecimento nao aproveitado e nao mapeado de uma empresa em sua maior arma competitiva. Conhecimento este encontrado no talento dos funcionarios, na lealdade dos clientes e na cultura, sistema e processos de uma empresa. Na primeira parte, o autor discorre sobre as forcas poderosas e incontrolaveis que operam na sociedade atual, tais como: a globalizacao; a disseminacao da tecnologia da informacao; o desmantelamento da hierarquia empresarial e a destruicao de empregos. Elas fazem com que as empresas e trabalhadores se sintam obrigados a reorientar-se. Na segunda parte, o autor define capital intelectual e menciona que, por ser intangivel, e dificil de ser identificado e avaliado de forma eficaz. Porem, uma vez descoberto e explorado, possibilita vantagem competitiva. Para efeito didatico, Stewart subdivide o capital intelectual em: capital humano, capital estrutural e capital do cliente. Salienta ainda que o capital intelectual nao e criado a partir de apenas uma destas partes, mas do intercâmbio entre elas. O capital humano e constituido das pessoas cujo talento e experiencia criam os produtos e servicos, que sao o motivo pelo qual os clientes procuram a empresa e nao o concorrente. O capital estrutural e o arcabouco e a infra-estrutura que apoia o capital humano. O capital do cliente, por sua vez, e o valor dos relacionamentos de uma empresa com as pessoas com as quais faz negocios. Dentre as tres subdivisoes do capital intelectual, a gerenciada de pior forma e aquela relacionada a cliente, uma vez que as empresas nao percebem o valor de uma lealdade, o valor de uma parceria e a importância de aprender o negocio do outro e ensinar-lhe o seu. Quanto a gerencia da subdivisao de capital intelectual relacionada a estrutura, o autor salienta que esta nao e dificil de ser realizada, porem e algo novo, que pressupoe uma cultura de trabalho adequada. Tais observacoes sao corroboradas por exemplos praticos apresentados no decorrer do livro. Na terceira e ultima parte, o autor trata do carater pratico da gerencia e das carreiras. Defende a estrutura de rede na organizacao por ser mais barata e rapida de se usar, permite que a informacao circule diretamente entre as pessoas; faz com que as mesmas trabalhem juntas, apesar da distância e praticamente independente das fronteiras departamentais. Reduz a supervisao do conteudo e aumenta a supervisao do desempenho e da carreira da pessoa como um todo. Apresenta as transformacoes no âmbito da carreira do profissional considerando que a ideia de emprego foi substituida por projetos, nao existindo mais o velho plano de carreira. No apendice, Stewart, em uma atitude ousada, sugere ferramentas para medir e gerenciar o capital intelectual, despertando o interesse do leitor em tentar aplicar tais conhecimentos no seu cotidiano empresarial. Trata-se de uma obra de linguagem original e ao mesmo tempo leve, recomendada a profissionais que sentem-se, de alguma forma, atingidos pelas forcas poderosas e incontrolaveis da sociedade atual e buscam formas de reorientar-se para transitar neste novo espaco. A obra constitui-se em um guia pratico que oferece contribuicoes conceituais e estruturais relevantes.
Referência(s)