Artigo Acesso aberto

João Soares Coelho, Picandon e um jogo de avessos: sobre “vedes, picandon, soo maravilhado”

2009; Volume: 29; Issue: 42 Linguagem: Português

10.17851/2359-0076.29.42.37-58

ISSN

2359-0076

Autores

Paulo Roberto Sodré,

Tópico(s)

Galician and Iberian cultural studies

Resumo

<p>Investiga a <em>tenção </em>“Vedes, Picandon, soo maravilhado”, de João Soares Coelho, trovador português, e Picandon, jogral do trovador lombardo Sordello, ambos do século XIII – conhecida por sua explícita referência a um “jogo” de maldizer entre os dois poetas –, considerando sua possível relação com o <em>jugar de palabra</em>, isto é, o trovar satírico prescrito por Afonso X na Lei XXX (“Quantas cosas deven ser catadas en el retraer”) do Título IX (Qual deve el Rey ser a sus officiales, e a los de su casa, e de su corte, e ellos a el) da Segunda de <em>Las siete partidas</em>. Aborda aquele conceito a partir do que prescreve a <em>Arte de trovar </em>sobre as cantigas de escárnio e maldizer, e do que discute o crítico Jesús Montoya Martínez acerca da sátira galegoportuguesa e de sua regulamentação jurídica medieval peninsular.</p> <p>Investigation on the <em>tenção </em>“Vedes, Picandon, soo maravilhado”, by João Soares Coelho, Portuguese troubadour, and Picandon, Lombard Sordello jongleur, both from XIIIth – a song known specially by its explicit reference to a joke of “maldizer” between the two poets –, observing its possible relation with the <em>jugar de palabra</em>, the satiric trobar prescribed by Afonso X in “Lei XXX” (“Quantas cosas deven ser catadas en el retraer”) do Título IX (Qual deve el Rey ser a sus officiales, e a los de su casa, e de su corte, e ellos a el) in the Second of <em>Las siete partidas</em>. Discussion about that concept considering what the <em>Arte de trovar </em>regulates about “cantigas de escárnio e maldizer”, and Jesús Montoya Martínez studies about Galician-Portuguese satire and its Medieval Peninsular juridical rules.</p>

Referência(s)