
Mensuração da erosão da borda anterior da glenoide através do exame radiográfico: uma forma simples de realizar a incidência de Bernageau
2010; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 45; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1590/s0102-36162010000600005
ISSN1982-4378
AutoresRoberto Yukio Ikemoto, Luís Gustavo Prata Nascimento, Rogério Serpone Bueno, Eric Strose, Luis Henrique Almeida, Joel Murachovsky,
Tópico(s)Nerve Injury and Rehabilitation
ResumoOBJETIVO: Analisar se a incidência radiográfica de Bernageau é adequada para estudar a borda anterior da glenoide e determinar a distância entre a borda anterior e posterior da glenoide. MÉTODO: Cinquenta pacientes (31 do sexo masculino) com idade média de 34 anos, foram avaliados posicionando-se o braço em flexão anterior de 160º e o corpo a 70º do chassi radiográfico, enquanto o posicionamento da ampola de raios-X era de 30º crânio-caudal, centrada na espinha da escápula. Dos autores, três mensuraram três vezes a distância entre a borda anterior e posterior da glenoide. Foram estudadas a variabilidade e a reprodutibilidade dessa distância. Três cirurgiões de ombro realizaram uma avaliação subjetiva, respondendo se era possível a avaliação da borda anterior da glenoide na incidência estudada. RESULTADOS: A distância foi em média 24,48mm ± 0,332mm (esquerdo) e 24,82mm ± 0,316mm (direito). O teste de Anderson-Darling mostrou que as medidas tiveram distribuição normal e a correlação de Pearson's mostrou reprodutibilidade significativa (P < 0,01). O primeiro observador concluiu que 67% das radiografias eram adequadas para avaliar a borda anterior da glenoide, o segundo concluiu que 81% e o terceiro 78% eram satisfatórias para a avaliação. O coeficiente Kappa mostrou que o segundo e terceiro examinadores apresentaram concordância substancial em suas opiniões. CONCLUSÃO: A incidência de Bernageau proporciona uma radiografia adequada para o estudo da borda anterior da glenoide e para o cálculo da sua erosão após a comparação com o lado não acometido.
Referência(s)