
Fístula uretral em cão
2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 34; Issue: 2 Linguagem: Português
10.22456/1679-9216.15274
ISSN1679-9216
AutoresLiziane Ferraresi Holanda Cavalcante, Daniel Menezes da Rosa, Emerson Antônio Contesini, Álan Gomes Pöppl, Rafael Stédile, Gabriela Marques Sessegolo,
Tópico(s)Abdominal Surgery and Complications
ResumoAs fístulas uretrais são de ocorrência rara dentre as uretropatias caninas e podem, às vezes, serem confundidas com uretra dupla ou hipospadias. O presente relato descreve o caso de um cão, sem raça definida (SRD), 1 ano de idade, atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS) com histórico de agitação e relutância em caminhar . Ao exame físico, o animal apresentava sinais sugestivos de intoxicação, associado à ingestão de deltametrina. Ainda na consulta, o proprietário referiu-se a um orifício pelo qual o animal urinava, próximo ao ânus, mas que urinava também pelo pênis. Recuperado do quadro de intoxicação, o animal foi submetido a exames de triagem como: hemograma completo, urinálise com antibiograma e uretrocistografia com contraste positivo, utilizando Iodamida de meglumina. Estes revelaram cistite acentuada, urina positiva para Escherichia coli, e também a presença de fístula uretral perianal. Encaminhado para cirurgia, realizou-se dissecção do trajeto fistuloso, com posterior síntese plano a plano utilizando-se poliglactina 910 no subcutâneo e náilon-poliamida na pele. O animal apresentou deiscência dos pontos externos, optando-se por cicatrização por segunda intenção. O trajeto fistuloso dissecado foi encaminhado para exame histopatológico, obtendo-se como resultado a presença de tecido conjuntivo bem diferenciado, compatível com fístula uretral. Após 15 dias realizou-se nova uretrocistografia evidenciando completa remissão do trajeto fistuloso e uretra íntegra, obtendo-se assim, excelente resultado cirúrgico.
Referência(s)