RADICALIZANDO A POLÍTICA: A CRÍTICA DE MARIGHELLA ÀS POSIÇÕES DO PCB NO IMEDIATO PÓS 64
2020; Volume: 50; Issue: 2 Linguagem: Português
10.36311/0102-5864.2013.v50n2.3463
ISSN2763-9096
Autores Tópico(s)Youth, Politics, and Society
ResumoO artigo examina o desenvolvimento das formulações teórico-politicas do revolucionário Carlos Marighella no período 1965-1967. O ponto de partida do desenvolvimento de tais elaborações é a crítica dirigida à orientação política colocada em prática pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) nos meses que sucederam ao putsch militar de 1964. Tal interpelação política, exposta de forma minuciosa no livro Por que resisti à prisão (1965), evoluiria posteriormente para a contestação dos próprios fundamentos da estratégia política dos comunistas, em particular, sua admissão da possibilidade de um desenvolvimento pacífico da revolução brasileira. Em textos posteriores como A crise brasileira (1966), Carta à executiva (1966), Ecletismo e marxismo (1967) completa-se o processo de ruptura política de Marighella com o partido comunista e a sua adesão plena ao projeto da guerra de guerrilhas latino-americana, documentado também em suas “cartas de Havana” dirigidas ao Comitê Central do PCB (17/08/67) e a Fidel Castro (18/08/67).
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