Redução dos remanescentes de Adansonia Digitata (Imbondeiro, Embondeiro ou Baobá) no perímetro de Luanda
2012; UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA; Volume: 1; Issue: 1 Linguagem: Português
10.19177/rgsa.v1e12012156-182
ISSN2238-8753
AutoresCleovamir José Bonifácio, Jairo Afonso Henkes,
Tópico(s)Rangeland Management and Livestock Ecology
ResumoA Adansônia digitata é popularmente conhecida como imbondeiro, embondeiro ou baobá, este último mais comum no Brasil. O Imbondeiro possui um tronco muito espesso na base, chegando a atingir nove metros de diâmetro. O seu tronco é peculiar: vai se estreitando em forma de cone e evidenciando grandes protuberâncias. Esse colosso vegetal pode atingir trinta metros de altura e possui a capacidade de armazenar, em seu caule gigante, até 120.000 litros de água. Por tal razão é denominada "árvore garrafa" (VAINSENCHER,2010). Nos últimos cinco anos tem-se observado um significativo e acelerado processo de derrubada de árvores de imbondeiros no entorno de Luanda, principalmente em função do crescimento urbano e parques industriais. Através de entrevistas e pesquisas, buscamos identificar a importância desta árvore na cultura e costumes deste povo, as causas que vem levando sua eliminação e a conivência das instituições, assistindo a substituição dos bosques de imbondeiros pelo cinza e prateado da alvenaria e casas de chapas, e pelo vermelho dos pátios terraplanados. Evidencia-se um processo de degradação ambiental com a supressão de áreas verdes, além do vínculo milenar do Imbondeiro com os povos tradicionais de Angola, chamando a atenção das instituições locais, além de propor alternativas para a preservação e programas de sustentabilidade desta árvore e suas raízes que fundamentam boa parte da base cultural deste povo.
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