Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Validade da punção biópsia por agulha fina nas doenças da glândula parótida

2001; Brazilian College of Surgeons; Volume: 28; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0100-69912001000300006

ISSN

1809-4546

Autores

Vergilius José Furtado de Araújo Filho, Dorival de Carlucci Júnior, Adriana Sondermann, Maria Teresa A. S. Machado, Paulo Campos Carneiro, Alberto Rossetti Ferraz,

Tópico(s)

Tumors and Oncological Cases

Resumo

OBJETIVO: Avaliar o método de punção biópsia aspirativa por agulha fina (PBAAF), técnica relativamente simples, de conhecida importância em cirurgia de cabeça e pescoço. Sua indicação em doenças das glândulas salivares, no entanto, especialmente na parótida, ainda é muito controversa na literatura. O diagnóstico pela PBAAF permite o adequado planejamento terapêutico e preparo do paciente. Muitos, porém, alegam que seu emprego acrescenta muito pouco à conduta terapêutica, além de ser procedimento doloroso e elevar o custo do tratamento. MÉTODO: Os autores analisaram os prontuários de 247 pacientes submetidos a parotidectomias, realizadas entre 1986 e 1998, comparando a punção aspirativa por agulha fina com o anatomopatológico definitivo. Isso foi possível em 211 casos. Houve predomínio do sexo feminino, com idade variando de dez a 84 anos. RESULTADOS: Os tumores benignos foram os mais prevalentes, correspondendo a 85,3% dos casos, com predomínio do adenoma pleomórfico. A punção por agulha fina permitiu diferenciar tumores benignos de malignos em 165 casos (78,1%) e acertou o diagnóstico histológico em 77,6 %. CONCLUSÕES: Concluímos que a PBAAF é um método eficiente e simples que fornece ao cirurgião diagnóstico das neoplasias na grande maioria das vezes e deve fazer parte, sempre que possível, da documentação pré-operatória.

Referência(s)