VIOLÊNCIA DE GÊNERO EM MULHERES COM DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO NORDESTE DO BRASIL
2013; Secretary of Health of the State of Bahia; Volume: 36; Issue: 3 Linguagem: Português
10.22278/2318-2660.2012.v36.n3.a549
ISSN2318-2660
AutoresMaria Alix Leite Araújo, Roumayne Fernandes Vieira Andrade, Celina Silva Cavalcante, Katarine Medeiros Coelho Pereira,
Tópico(s)LGBTQ Health, Identity, and Policy
ResumoEste estudo teve por objetivo identificar a ocorrência de violência de gênero, por parte dos parceiros íntimos, de mulheres com diagnóstico de doença sexualmente transmissível (DST) em Fortaleza, Ceará. Trata-se de um estudo quantitativo descritivo realizado em duas unidades de referência para atendimento de doenças sexualmente transmissíveis. Os dados foram coletados por meio de um questionário entre os meses de março a maio de 2009. Participaram da pesquisa todas as mulheres atendidas com diagnóstico de DST no período. Os dados foram digitados e analisados no EPI INFO, versão 3.5.1 e apresentados em tabelas com frequências simples e medidas de tendência central. A faixa etária predominante foi de 18 a 28 anos, com a média de 30,3 anos. A quase totalidade, 41 (82%), sentiu medo para comunicar o diagnóstico da DST ao companheiro e 34 (68%) sofreram algum tipo de violência após a revelação. Foram submetidas a sexo forçado, 15 (44,1%), a insultos e humilhações, 12 (35,3%), e agredidas fisicamente com tapas e/ou empurrões, 7 (20,6%). Moravam com o parceiro sexual 49 (98%) e 19 (38%) tiveram um único parceiro sexual ao longo da vida. Concluiu-se que as mulheres diagnosticadas com DST vivenciam situações de violência diante da revelação do diagnóstico ao parceiro.
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