
Revisão das principais deficiências de micronutrientes no pós-operatório do Bypass Gástrico em Y de Roux
2013; Georg Thieme Verlag; Volume: 06; Issue: 01 Linguagem: Português
10.1055/s-0040-1705668
ISSN2595-2854
Autores Tópico(s)Nutrition and Health in Aging
ResumoRESUMO Introdução: A obesidade é uma doença crônica que está aumentando em todo mundo. Até o presente momento, a cirurgia bariátrica é o único tratamento eficaz para obesidade mórbida que promove e mantém uma perda de peso sustentada, diminuindo a incidência de comorbidades relacionadas ao excesso de peso e melhorando a sobrevida e qualidade de vida dos pacientes. Os Estados Unidos são os campeões no número de cirurgias realizadas, seguidos pelo Brasil. O bypass gástrico em Y de Roux (BPGYR) é o tipo de cirúrgica bariátrica mais seguro e efetivo, correspondendo a cerca de 70 a 75% dos procedimentos bariátricos realizados em todo mundo. Objetivos: Abordar as principais deficiências nutricionais presentes na população submetida ao BPGYR e suas consequências clínicas. Materiais e métodos: Revisão de literatura de artigos publicados nos últimos dez anos relacionados às principais deficiências nutricionais observadas no pós-operatório do BPGYR. Resultados: Aproximadamente 30% dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica desenvolvem deficiências de macro e/ou micronutrientes. No caso do BPGYR, as principais complicações nutricionais de micronutrientes incluem deficiência de ferro, cálcio, ácido fólico e vitamina B12. Nos casos em que há presença de uma alça muito longa, pode haver um risco aumentado de deficiência de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), ácidos graxos essenciais, cobre e zinco. Conclusão: Todos os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica devem fazer suplementação de vitaminas e minerais diariamente. Ainda não existe consenso em relação às doses necessárias para evitar tais deficiências. Algumas complicações de micronutrientes surgem meses após o pós-operatório, enquanto outras podem surgir até anos após a realização da cirurgia bariátrica. Por isso, há necessidade de acompanhamento clínico e nutricional dos pacientes e monitorização de possíveis deficiências nutricionais por toda a vida.
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