Melanoma Maligno Cutâneo: Estudo Retrospetivo de Sete Anos (2006-2012)
2014; Ordem dos Médicos; Volume: 27; Issue: 4 Linguagem: Português
10.20344/amp.5211
ISSN1646-0758
AutoresJorge Moreira, Elisabete Moreira, Filomena Azevedo, Alberto Mota,
Tópico(s)Infectious Diseases and Mycology
ResumoIntrodução: O melanoma maligno é a neoplasia cutânea mais agressiva, e a sua incidência tem vindo a aumentar nas últimas décadas. A possibilidade de cura depende de um diagnóstico atempado, sendo fundamental o conhecimento da sua epidemiologia para a implementação de programas de prevenção primária e deteção precoce do melanoma.Material e Métodos: Foi efetuada revisão dos processos clínicos dos doentes com melanoma maligno cutâneo primário, diagnosticados entre janeiro de 2006 e dezembro de 2012, no Centro Hospitalar de São João, Porto.Resultados: Analisaram-se os 148 casos de melanoma diagnosticados neste período, tendo-se observado um predomínio do sexo feminino (razão F:M - 1,6:1). A média etária na altura do diagnóstico foi de 61 anos. As localizações mais frequentemente envolvidas foram os membros inferiores e o tronco. No sexo masculino o dorso foi o local mais afetado, enquanto no sexo feminino as lesões ocorreram, preferencialmente, nas pernas. O melanoma de extensão superficial foi o subtipo predominante em quase todas as faixas etárias. Verificou-se um predomínio dos melanomas finos e o índice mitótico foi intermédio (1-6 mitoses/ mm2) na maioria dos doentes. A ulceração esteve presente em 22,3% dos casos e predominou nos melanomas espessos e no subtipo nodular. A maioria dos doentes encontrava-se no estádio IA. A progressão para doença metastática ocorreu em 20 doentes.Discussão: O perfil do doente com melanoma cutâneo, no Centro Hospitalar de São João, apresenta características relativamente semelhantes às descritas na literatura.Conclusão: O predomínio dos melanomas finos, considerados de melhor prognóstico, é provavelmente, o resultado de um diagnóstico cada vez mais precoce.Palavras-chave: Melanoma; Neoplasias da Pele; Estudos Retrospectivos; Portugal.
Referência(s)