Estudo teórico sobre percepção na filosofia e nas neurociências
2013; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5579/rnl.2012.0083
ISSN2075-9479
AutoresAndréa Olimpio de Oliveira, Carlos Alberto Mourão Júnior,
Tópico(s)Social Representations and Identity
ResumoO presente estudo tem como objetivo investigar o conceito de percepcao na filosofia e nas neurociencias. Duas grandes concepcoes sobre a sensacao e a percepcao fazem parte da tradicao filosofica: o empirismo e o racionalismo. No seculo XX, contudo, a filosofia alterou bastante essas duas tradicoes atraves de uma nova concepcao do conhecimento sensivel. As mudancas foram trazidas pela fenomenologia e pela psicologia da forma ou teoria da gestalt. A percepcao apresenta estreita ligacao com os sentidos, sendo as primeiras etapas realizadas pelos sistemas sensoriais, responsaveis por sua fase analitica. E como se cada caracteristica fosse separada em suas partes constituintes, tais como forma, cor, movimentos e assim por diante. Porem, percebe o mundo com totalidades integradas e nao com sensacoes fracionadas, o que faz supor que existam outros mecanismos, alem daqueles de natureza analitica, que contribuem para nossa percepcao sintetica. Faz-se necessario entender como a percepcao, conceito estritamente subjetivo, se relaciona com o cerebro, abordagem amplamente estudada pela neurociencia cognitiva. Entretanto, as evidencias atuais indicam que a percepcao e um processo ativo – o cerebro constroi e edita suas percepcoes, por meio de fatores biologicos, mas regido por fatores historicos e culturais.
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