
‘Advertência necessária'
2014; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Linguagem: Português
10.11606/ran.v0i5.88873
ISSN2179-5487
AutoresPaulete Maria Cunha dos Santos,
Tópico(s)History of Education Research in Brazil
ResumoO presente artigo busca analisar a obra Início do Feminismo no Brasil (1918) – primeira parte – da educadora baiana Leolinda Daltro (1859-1935), residente no Rio de Janeiro. A obra constitui o registro do relato de suas memórias, as quais a autora provavelmente pretendia dar continuidade. Situaremos aqui como questão central a memória individual entendida como uma das práticas culturais dos registros de uma “produção de si”, que adquire significados específicos a partir da constituição do indivíduo moderno. Chama a atenção do historiador à ambiguidade peculiar que caracteriza a proposta da protagonista em foco, pois a obra pretende subsidiar em poucas páginas a história do feminismo no Brasil e, ao mesmo tempo, tratar do relato de sua trajetória individual enquanto educadora, indianista e feminista. Pode-se presumir que Leolinda, natural da Bahia, mas já identificada com o cotidiano da sociedade fluminense, sentiu, pensou e viveu experiências simultâneas, que a colocaram em tempo e espaço múltiplos entre o expirar do Império e o advento da República, na passagem do século XIX para o XX.
Referência(s)