Inteligências múltiplas de Gardner: É possível pensar a inteligência sem um factor g?
2009; Coimbra University Press; Issue: 50 Linguagem: Português
10.14195/1647-8606_50_3
ISSN1647-8606
AutoresLeandro S. Almeida, Mercedes Ferrándo, Aristides I. Ferreira, María Dolores Prieto, Mari Carmen Fernández, Marta Sáinz,
Tópico(s)Cognitive Abilities and Testing
ResumoEm resposta às críticas de falta de inovação no método dos testes e de pouca atenção às variáveis sócio-culturais na avaliação da inteligência, Gardner (1983, 1999) avança com a teoria das Inteligências Múltiplas (MI) e com tarefas mais ecológicas e próximas do quotidiano dos sujeitos para a sua avaliação. No quadro do Projecto Spectrum, várias tarefas são propostas para a avaliação das MI, considerando-se neste estudo 6 tarefas cobrindo outras tantas inteligências: naturalística, linguístico-verbal, corporal-cinestésica, visuo-espacial, musical e lógico-matemática. Um total de 294 crianças entre os 5 e os 7 anos foram avaliadas com essas tarefas. Os resultados obtidos sugerem que, se ao nível da precisão, os índices de consistência interna podem ser considerados apropriados, já em relação à validade de constructo subsistem as reservas colocadas ao modelo teórico de Gardner. Com efeito, e ao contrário das posições de Gardner é defensável um factor geral, mesmo não explicando mais que 40% da variância dos resultados, e por outro lado não emergem neste estudo factores que pudessem agrupar algumas destas inteligências, como é proposto mais recentemente por Gardner.
Referência(s)