Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Iogues indianos nas fronteiras do conhecível

2010; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 12; Issue: 12 Linguagem: Português

10.22456/1982-2650.12596

ISSN

1982-2650

Autores

Lena Tosta,

Tópico(s)

Religion and Society Interactions

Resumo

Uma lei debatida no congresso indiano por ocasião da emergência do Estado-nação, cuja intenção era expurgar elementos ambíguos entre renunciantes, inspira um debate inicial a respeito de discursos e procedimentos de registro e controle da instituição da renúncia na Índia. Este artigo argumenta que o ascetismo “não-domesticado” sofreu encapsulamento político-conceitual ao longo de situações históricas diversas, mas continua a oferecer uma retórica vivida de empoderamento e emancipação considerada legítima. A partir da análise de modelos míticos como Shiva e Dattātreya e de sujeitos etnográficos como os praticantes de austeridades entre nāgā sādhus, propõe-se uma avaliação do conceito de siddha, iogue que adquiriu poderes criativos. O artigo sugere que a trajetória do asceta heterodoxo seja vista como empoderadora, de acordo com sua matriz cognitiva siddha e tântrica, e que a performance “no mundo” do virtuose seja compreendida como linguagem dissidente.

Referência(s)