
HERBERT MARCUSE E AS “IMAGENS DA LIBERTAÇÃO”
2012; Volume: 26; Issue: 52 Linguagem: Português
10.14393/revedfil.issn.0102-6801.v26n52a2012-p527a549
ISSN1982-596X
AutoresPaulo Irineu Barreto Fernandes,
Tópico(s)Arts and Performance Studies
ResumoNa década de 1960, os movimentos artísticos de vanguarda e os movimentos estudantis de protesto buscavam, além de uma mudança de comportamento, uma mudança na consciência política dos indivíduos. No entanto, enquanto no campo do conhecimento já se sabia o que deveria ser feito para a transformação social, no campo dos fatos essa possibilidade se via impedida, por isso as exigências revolucionárias conduziram o movimento para fora das universidades, a fim de que a comunidade pudesse realizar materialmente a crítica que surgia no interior da academia. Para Marcuse, a arte poderia contribuir decisivamente para este processo. Ao alertar para uma nova sensibilidade estética, a arte, como manifestação da autonomia e liberdade humanas e não como mero instrumento político, poderia fornecer as "Imagens da Libertação" que, por sua vez, poderiam conduzir a uma nova consciência e à uma nova humanidade.ReferênciasALWAY, Joan. Critical Theory and Political Possibilities. London: Greenwood Press. 1995.GUARNACCIA, Matteo. Provos - Amsterdam e o nascimento da contracultura. Tradução de Roberta Barni. São Paulo: Conrad Livros, 2001.FERNANDES, Paulo I. B. Imagens da Libertação: a relação entre práxis política, transformação social e arte na Teoria Crítica de Herbert Marcuse, 2009. 100 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Faculdade de Artes, Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009.KELLNER, Douglas. Radical Politics, Marcuse, and the New Left. In: MARCUSE, Hebert. The New Left and the 1960s: Collected Papers of Hebert Marcuse. Editado por Douglas Kellner. New York: Routledge, 2005, p. 2-30.______. Herbert Marcuse and the Crisis of Marxism. Berkeley: University of California Press, 1984.MAGEE, Brian. História da filosofia. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Edições Loyola, 2000.MARCUSE, Herbert. Tolerância repressiva. In: ______.; WOLF, R. P. Crítica da tolerância pura. Tradução de Ruy Jungmann. Rio de Jnaeiro: Zahar Editores, 1970.______. A dimensão estética. Tradução de Maria Elisabete Costa. Lisboa: Edições 70, 1986.______. Algumas considerações sobre Aragon: arte e política na era totalitária. In: ______. Tecnologia, guerra e fascismo. Editado por Douglas Kellner. Tradução de Maria Cristina Vidal Borba. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999. p. 269-288.______. An Essay on Liberation. Boston: Bacon Press, 1969._______. Contra-revolução e revolta. Tradução de Ãlvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.______. El arte como forma de la realidad. Tradução para o castelhano de José Fernández Vega. Publicado originalmente como Art as Form of Reality. Original em Inglês, em New Left Review, n. 74, jul./ago. 1972, p. 51-58. Disponível em: <http://www.marcuse.org/herbert/pubs/70spubs/727tr04ArteRealidad.htm>. Acesso em: 20 fev. 2009.______. Eros e civilização. 8. ed. Tradução de Ãlvaro Cabral. Rio de Janeiro: Guanabara & Koogan, 1981.______. Liberdade e agressão na sociedade tecnológica. Tradução de Anamaria de Vasconcelos. Revista Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, v. 18, p. 03-12, mar./ abr. 1968.PLATÃO. As Leis - Epinomis. Tradução de Edson Bini. São Paulo: Edipro, 1999.REVISTA SELECÕES DO READER'S DIGEST. Rio de Janeiro: Editora Ypiranga, Tomo LIII, n. 316 e 317, maio de 1968.REVISTA VEJA. São Paulo: Editora Abril, n. 01, 11 de setembro de 1968. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx>. Acesso em: 20 fev. 2009.SILVA, Rafael C. Notas sobre esclarecimento e arte contemporânea em Marcuse e Adorno. In: DUARTE, R.; FIGUEIREDO, V. (Org.). Mímesis e Expressão. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001. p. 315-326.Data de registro: 28/10/2010Data de aceite: 23/03/2011
Referência(s)