Artigo Revisado por pares

Ressentimento e Vontade de Nada

2000; UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA; Issue: 8 Linguagem: Português

ISSN

2316-8242

Autores

Marco Brusotti,

Tópico(s)

Philosophy and Historical Thought

Resumo

Resumo: O que Nietzsche entende como ‘vontade de nada’? Como se relacionam ‘vontade de nada’ e ressentimento? Em que medida se assemelham? O que as diferencia? O que significa a proposicao nietzschiana de que e preferivel ‘querer o nada a nada querer’? Ela significa, antes de tudo, que e impossivel uma auto-negacao da vontade. Schopenhauer tentou justificar uma tal auto-negacao, na constituicao dos santos. Seguindo James Braid, Nietzsche reinterpreta o ‘repouso no nada’: ele e um estado hipnotico e, como tal, nao e nem uma auto-negacao da vontade no sentido de Schopenhauer, nem ressentimento no sentido de Duhring. Contra o principio duhringeano da necessidade universal da reacao, Nietzsche mantem a necessidade da acao. Ignorar esta necessidade significa, para ele, o indicio de uma tendencia igualmente universal para a auto-diminuicao do homem. Nesta perspectiva, ela mostra a dominacao ainda vigente do ideal ascetico sobre a vontade de verdade da ciencia moderna. Palavras-chave: vontade de potencia – vontade de verdade – niilismo – genealogia – hipnose – Braid

Referência(s)