Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

CHAPADA DOS GUIMARÃES: BORDA DA BACIA DO PARANÁ

2015; Volume: 28; Linguagem: Português

10.11606/rdg.v28i0.525

ISSN

2236-2878

Autores

Jurandyr Luciano Sanches Ross,

Tópico(s)

Fish biology, ecology, and behavior

Resumo

<p>A Chapada dos Guimarães corresponde a uma extensa superfície de relevo elevado e de topo aplanado posicionada na extremidade noroeste da bacia sedimentar do Paraná localizada no Estado de Mato Grosso-Brasil.As formas planas do topo, estão entre 600 e 800m de altitude com a superfície pouco inclinada de noroeste para sul e leste. Está esculpida sobre rochas sedimentares preferencialmente arenitos do período Devoniano e do Cretáceo. Suas bordas são escarpadas, sendo que as frentes de escarpas voltadas para a Depressão Cuiabana ultrapassam os 500m de gradiente topográfico. Nessa região a Chapada também apresenta nos topos formas de relevos ruiniformes esculpidos nos arenitos vermelhos e amarelos da Formação Ponta Grossa (Devoniano). A chapada é contornada por Depressões como a Cuiabana e a Interplanaltica de Paranatinga a noroeste e norte e também por Planaltos a noroeste e sul. Essas áreas são fortemente marcadas por feixes de falhas de direção NE-SW e que têm vinculações com as áreas de dobramentos do pré-Cambriano Superior denominado de Cinturão Orogenético Paraguai-Araguaia. A região passou a ter reativações tectônicas a partir do meso-cenozoico atuando nos processos de soerguimento generalizado com arqueamentos dômicos mais localizados como ocorre com o chamado “Arco de São Vicente”. A morfogênese da Chapada têm fortes relações com o tectonismo meso-cenozoico de um lado e de outro com os ativos processos denudacionais concomitantes, responsáveis pelo rebaixamento erosivo das depressões e da intensa dissecação do relevo dos planaltos do entorno da Chapada.A Chapada dos Guimarães, corresponde portanto a um segmento de relevo da borda noroeste da bacia do Paraná, que se manteve mais preservada dos processos de falhamentos e consequentemente das atividades erosivas meso-cenozoicas.</p>

Referência(s)