
Alterações clínicas e laboratoriais relacionadas à exposição ambiental aos praguicidas organoclorados em moradores de aterro à céu aberto, Cubatão, S.P
2005; Volume: 64; Issue: 1 Linguagem: Português
10.53393/rial.2005.64.33036
ISSN2176-3844
AutoresEladio Santos Filho, Rebeca S. Silva, Vera Regina Rossi Lemes, Heloísa H. C. Barretto, Odete N. K. Inomata, Tereza Atsuko Kussumi, Sônia O. B. Rocha,
Tópico(s)Pesticide Exposure and Toxicity
ResumoO objetivo deste estudo foi descrever os possíveis efeitos e alterações clínicas e laboratoriais que pudessem ser atribuídos à exposição aos praguicidas organoclorados de moradores de um aterro a céu aberto em Pilões, município de Cubatão, São Paulo. Trata-se de um estudo de observação, de aferição simultânea e controlada, com população de estudo de 238 moradores de Pilões e de controle de 258 da Cota 200. Foram analisados alimentos de produtores locais e realizados exames básicos de rotina, específicos, de apoio diagnóstico, avaliação clínica e utilizados dados de praguicidas organoclorados em soro sanguíneo. O hexaclorobenzeno foi o principal organoclorado encontrado nos alimentos em níveis que variaram de 0,3 a 6120 µg/kg. Encontrou-se associação positiva entre residir em Pilões e apresentar resíduos de praguicidas organoclorados em soro sanguíneo, com concentrações médias de 115, 7, 20 e 4 vezes maiores de HCB, pp' DDE, β e γ HCH, respectivamente, em comparação com o grupo controle. Observou-se, na população de Pilões, diferença estatisticamente significante entre os teores médios sanguíneos mais elevados de HCB e apresentar leucopenia, DDT total e HCH total e alteração ao exame clínico, de DDT total e doenças do aparelho circulatório e de HCH total e doenças de pele. Os dados demonstraram o risco que pode ser atribuído à exposição aos praguicidas organoclorados e, conseqüentemente, a população de Pilões foi transferida para outro local de residência.
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