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Políticas do extraordinário - Exceção, ditadura comissarial e ditadura soberana: lógicas de transformação em Schmitt e Badiou

2014; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.15448/1983-4012.2014.1.16222

1983-4012

Jonathan David Arriola,

Political Theology and Sovereignty

O objetivo deste trabalho é analisar as lógicas de transformação em a obra de Alain Badiou e Carl Schmitt. Para fazê-lo, em primeiro lugar exploraremos semelhanças que existem entre a fenômeno-lógica de Alain Badiou e a filosofia política de Carl Schmitt. Principalmente, nos concentraremos nas categorias de exceção e acontecimento assim como na concepção de sujeito que ambos os filósofos desenvolvem, dado que é justamente a interação entre esses elementos o que permite a possibilidade da transformação na concepção dos autores. Começaremos o artigo investigando qual é a origem dessas semelhanças e postularemos que a mesma se encontra na forte herança romântica que porta a filosofia dos dois autores. Seguiremos com uma analise dos conceitos de acontecimento e exceção, remarcando cada uma dos pontos que os mesmos têm em comum. Na terceira parte, abordaremos a distinção que estabelece Schmitt entre a ditadura comissarial e a ditadura soberana, sua relação com a exceção e a distinta concepção de sujeito que cada uma delas envolve. Aduziremos que essa distinção tem varias similitudes com as categorias fenômeno-lógicas que Badiou desenvolve. Numa palavra: nessa seção, tentaremos ver a Schmitt através das lentes da fenômeno-lógica de Badiou. Em particular, argumentaremos que a noção de exceção e do extraordinário de Schmitt tem um correlato na filosofia de Badiou com as noções de singularité faible e singularité forte respectivamente e as figuras de ditador comissarial e soberano com as de sujet reatif, sujet obscur e o sujet fidèle, as quais apresentaremos para o final do trabalho.