A escola e a formação do sujeito-leitor: analisando a produção de leitura no ensino médio do Centro Federal de Educação Tecnológica do Piauí - CEFET - PI
2001; Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
1981-5344
AutoresFrancisca da Rocha Barros Batista,
Tópico(s)Linguistics and Language Studies
ResumoDiante da relevância da formacao do sujeito-leitor no contexto da sociedade atual e do papel da escola publica como responsavel por este processo, verifica-se que, apesar do avanco das tecnologias de informacao, o livro persiste como elemento essencial a introducao do aluno no mundo da escrita. Assim, propoe-se a verificar se as atividades de leitura no ensino e Lingua Portuguesa (LP) no Ensino Medio do Centro Federal de Educacao Tecnologica do Piaui (CEFET-PI) contribuem para a formacao de um sujeito-leitor, capaz de posicionar-se criticamente frente as informacoes do mundo contemporâneo. Para tanto, observam-se os seguintes aspectos: concepcao de leitura que norteia a pratica dos professores de LP; relevância dada ao conhecimento previo do aluno e ao seu background; interacao entre os docentes de LP; a relevância atribuida ao livro didatico e paradidatico; a analise da leitura como atividade de lazer dos alunos e sua contribuicao para a formacao de um leitor critico; estrategias adotadas no processo de avaliacao da leitura. O universo compreende os alunos matriculados no Ensino Medio no ano 2000 e os professores de LP que ministram aulas neste nivel de ensino. Enquanto a coleta de dados abrangeu todos os docentes, no caso dos discentes, atraves da tecnica de amostra probabilistica simples, foram sorteados o total de 200. Para eles recorreu-se ao questionario misto. As tecnicas de entrevista semi-estruturada e de observacao participante foram utilizadas para os dados relativos aos professores. Mediante a analise de conteudo e revisao de literatura, procedeu-se a analise dos dados, concluindo-se que, em termos genericos, os docentes carecem de maior interacao no desenvolvimento das atividades comuns. Formam eles dois grupos. O primeiro mantem relacao dialogica como concepcao norteadora de sua pratica e, por conseguinte, valoriza o conhecimento previo do aluno, explora o livro didatico e o paradidatico de forma adequada, promovendo, alem da mera verificacao da leitura, atividades que avaliam o crescimento do aluno enquanto leitor. O outro grupo desconsidera a funcao social da leitura e, portanto, nao valoriza as experiencias dos alunos, limitando-se, quase sempre, a interpretacao univoca do livro didatico e a subutilizacao do paradidatico. Como decorrencia, quando da avaliacao, restringe-se apenas a verificar se o aluno fez a leitura.
Referência(s)