Cidade Acessível: Igualdade de Direitos e Particularidades da Pessoa com Deficiência Visual

2009; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

ISSN

1809-8894

Autores

Jéssica da Silva David, Ximene Martins Antunes, Verônica Torres Gurgel,

Tópico(s)

Urban Design and Spatial Analysis

Resumo

A maioria das discussoes acerca das deficiencias toma uma de duas direcoes. A primeira se refere as politicas de inclusao, enfatizando a igualdade entre deficientes e nao deficientes. A segunda destaca a diferenca – a deficiencia e vista como um deficit, desconsiderando sua potencia para recriar subjetividade, aprender, se relacionar e habitar na cidade. Uma terceira direcao, mais interessante, ve o deficiente como portador de necessidades especiais. Concernindo a deficiencia visual, estudos cognitivos apontam para as particularidades do cego atentando tambem para suas potencialidades. De acordo com Hatwell (2003), a diferenca cognitiva entre cegos e videntes diz respeito a locomocao e percepcao espacial. As dificuldades do deficiente visual nao provem de uma falta de competencia cognitiva, mas decorrem da ausencia de dados perceptivos do ambiente. Segundo Rieser et al (1990), o que permite aos videntes se locomover organizadamente e a relacao entre movimentos realizados e as mudancas de distância e direcao entre os objetos e si mesmos. Para os deficientes visuais nao ha um fluxo visual continuo; assim, numa cidade feita para videntes, surgem diversas dificuldades para os cegos. O trabalho visa a investigar tres situacoes: pegar onibus, atravessar ruas e desviar de orelhoes. Tenciona observar essas situacoes, que dificuldades podem surgir e quais os dispositivos e estrategias criadas. As observacoes ocorreram nos arredores do Instituto Benjamin Constant. Realizaram-se tambem entrevistas com vistas a obter depoimentos dos deficientes visuais. Conclui que para alcancar a igualdade e preciso criar condicoes que atendam as particularidades do deficiente.

Referência(s)