Palavra pintada: o texto não-verbal e sua discursividade estética
2008; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 1; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5902/198373482164
ISSN1983-7348
Autores Tópico(s)Linguistics and Discourse Analysis
ResumoObjetivamos desenvolver neste trabalho perspectivas voltadas ao estudo da imagem (obra de arte) em sua materialidade e respectiva linguagem nao-verbal, no âmbito da Analise do Discurso de linha francesa. O referencial teorico norteador deste estudo esta nas obras de Michel Pecheux e Mikhail Bakhtin em razao de suas ricas contribuicoes ao tema abordado e da possibilidade de dialogo entre suas obras. Esta trajetoria teoricometodologica nos permite trabalhar com as nocoes de polifonia, interdiscurso, polissemia e policromia. Ao depararmos com uma imagem e, principalmente, se esta for uma obra de arte, tentaremos “ler” suas cores e tracos e depreender deles o sentido. Estaremos buscando uma interpretacao, uma apreensao de uma significacao para tal imagem. Cada olhar pode trabalhar de forma idiossincratica, portanto diferenciada, ao visualizar palavras e imagens. Todos os elementos que fazem parte da semiose discursiva evidenciados por Van Gogh tem uma recorrencia comum: o antagonismo. As cores vibrantes e linhas escuras, ceu escuro e paisagem ensolarada (noite ou dia?). A igreja vista do alto ou de frente? Simetria e assimetria fundamentam a tensao do sujeito-esteta frente a sua vida, a si mesmo. Esses paradoxos motivam uma representacao perturbadora, onde emocao e razao se confrontam numa relacao de ambiguidade, incertezas. Caminho para onde? Palavras-Chave: Analise do Discurso; Discursividades nao-verbais; Interdiscursividade; Policromia.
Referência(s)