Artigo Revisado por pares

Mentalidades e estruturas sociais no Brasil colonial: uma resenha coletiva

1999; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português

ISSN

1982-3533

Autores

Stuart B. Schwartz,

Tópico(s)

Sociology and Education in Brazil

Resumo

Este artigo de resenha pretende discutir parte da recente producao historiografica, que busca redefinir e redirecionar o estudo do passado colonial brasileiro. Ate recentemente, a moderna historiografia brasileira tratava preferencialmente de assuntos relativos a economia politica, pacto colonial, questoes concernentes a escravidao e anomalias decorrentes de uma sociedade multiracial. Historiadores de linhas radicalmente diferentes chegaram a um consenso quanto a ideia do Brasil como uma colonia mercantilista cuja economia se estruturava no latifundio escravista orientado para exportacao, liderada por uma aristocracia de fazendeiros que determinava de varias formas sua vida social, mesmo nas regioes nao dedicadas a produtos de exportacao. Se este consenso dominou o pensamento historico brasileiro por meio seculo, ele passa hoje por uma seria revisao. O ataque tem partido tanto de historiadores que ainda veem os tradicionais temas marxistas de estrutura economica e suas relacoes com a organizacao da sociedade como os mais apropriados objetos de analise, como tambem de uma nova geracao de estudiosos mais interessados nas atitudes e ideias que se formaram em meio a estas estruturas e relacoes que no fenomeno propriamente dito.AbstractThis review essay will survey some of the recent historical production seeking to redefine or redirect the study of the Brazilian colonial past. Until recently, modern historiography on Brazil reflected heavy concentration on political economy, the colonial arrangement, the issues related to slavery, and the anomalies of a multiracial society. A consensus view emerged among historians of radically different political and methodological persuasions which envisioned Brazil as a mercantilist colony with an economy structured by its export orientation and slave-based latifundia, headed by a planter aristocracy which determined its social life in many ways, even in nonplantation regions. This consensus dominated historical reflection about Brazil for half a century but is now under serious scrutiny. The attack is being mounted by historians who still view the traditional Marxist themes of economic structure and its relation to social organization as the appropriate subject of analysis but also by a new generation of historians interested more in the attitudes and ideas that have shaped or resulted from those structures and relations than in the these phenomena per se.Key words: Historiography. Brazil – Economic history. Colonial history

Referência(s)