Por que a dialética se aventura? a história, a política, a liberdade e seus caminhos tortuosos
2014; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 30 Linguagem: Português
10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2014.83777
ISSN2447-9012
Autores Tópico(s)Social and Economic Solidarity
ResumoAo propor uma dialética aberta a aventuras (ou seja, a contingências e acasos), trataremos nesse artigo de desvendar o porquê dessa noção de aventuras que Merleau-Ponty atribui ao termo dialética, tão caro em várias tradições e correntes filosóficas. Ao retomar a noção chave de preconceitos clássicos, Merleau-Ponty descobre duas formas análogas de política assentadas sobre o pensamento objetivo, as políticas de razão e as de entendimento, nas quais o papel do acaso e das contingências políticas é claramente excluído. Ora, é ao analisar Max Weber (no primeiro ensaio da obra supracitada), em suas considerações acerca da relação entre religião e economia (protestantismo e capitalismo) que Merleau-Ponty aponta os caminhos e as fissuras pelas quais a contingência se infiltra na dialética histórica e constrói, com o auxílio dos acasos e dos imprevistos, uma percepção da política e da liberdade.
Referência(s)