Artigo Acesso aberto Produção Nacional

ALMA E DESTINO DO POVO PORTUGUÊS. O FADO COMO IDENTIDADE NACIONAL LUSA NO LIMIAR DO ESTADO NOVO (1927 – 1933)

2014; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português

10.15448/2178-3748.2014.2.16455

ISSN

2178-3748

Autores

Lucas André Gasparotto,

Tópico(s)

Historical Education and Society

Resumo

O fado, gênero musical considerado canção nacional em Portugal, apresenta trajetória histórica cuja origem remonta ao início da segunda metade do século XIX. Desde pelo menos o último terço dos oitocentos, observa-se, nas primeiras obras dedicadas à história do fado, o aparecimento de um debate acerca do status de símbolo nacional atribuído ao gênero. É, contudo, no final dos anos 1920 e início dos 1930 que se observa uma série de elementos responsáveis por atribuir carga simbólica e identitária ao fado, capaz de consolidá-lo como identidade nacional portuguesa. Através de conjunto de fontes que contempla legislação, obras literárias e jornalísticas e jornais de temática específica, este trabalho analisa as características do cenário musical fadista em Portugal durante o período de 1927 a 1933, destacando um processo de ritualização das práticas artísticas que objetivava dignificar o gênero mediante às diversas camadas da sociedade. A pesquisa sustenta-se na discussão em torno dos conceitos de nação e identidade nacional, a fim de definir o fado como alma e destino do povo português, enquanto canção popular com status de canção nacional capaz de credenciá-lo como uma cultura comum.

Referência(s)