
O sujeito cerebral: um esboço histórico e conceitual
2012; Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE); Volume: 1; Issue: 1 Linguagem: Português
10.22456/2238-152x.25883
ISSN2238-152X
Autores Tópico(s)Philosophy and Theoretical Science
ResumoDesde meados do século XX, numerosos discursos e práticas, dentro e fora das disciplinas científicas e filosóficas, têm apresentado o desenvolvimento da noção de ser humano como um ‘sujeito cerebral’. O cérebro é concebido como a única parte do corpo que devemos possuir, e que deve ser nossa, para que sejamos nós mesmos. Já que a personalidade é a qualidade ou condição para ser considerado um indivíduo, a ‘cerebralidade’ é, dessa forma, a qualidade ou condição de ser um cérebro. Esta propriedade define o sujeito cerebral. A antropologia da ‘cerebralidade’ pode parecer uma conseqüência natural do progresso das neurociências – mas procede de desenvolvimentos das filosofias da matéria e da identidade pessoal do século XVII. As neurociências confirmam e reforçam esta perspectiva. O autor delineia a narrativa histórica relacionada ao desenvolvimento do sujeito cerebral assim como alguns temas contemporâneos que surgem a partir das neurociências.
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