
A educação de adultos como socialização: Hannah Arendt versus Paulo Freire
2014; Volume: 25; Issue: 1 Linguagem: Português
10.11606/issn.2595-2536.v25i1p121-136
ISSN2595-2536
AutoresDulce Consuelo Andreatta Whitaker, Marinaldo Fernando de Souza,
Tópico(s)Education Pedagogy and Practices
ResumoEste texto analisa dados sob referenciais teóricos diametralmente oposto. Estimulados pela repentina e recente popularidade de Hannah Arendt, resolvemos submeter os dados de uma dissertação já defendida a um “novo” referencial, extraído do famoso texto de Arendt sobre a crise da educação nos Estados Unidos nos anos 1950. Os dados haviam sido interpretados à luz da epistemologia de Paulo Freire. Em novas análises, a partir de Arendt, nossas interpretações ganharam ainda mais força. No entanto, na comparação final entre os dois pensadores, destacam-se diferenças irreconciliáveis: Para Arendt, é impossível educar adultos e o mundo da educação deve ser desvinculado do mundo da política, já que a responsabilidade do educador se baseia na tradição e na autoridade, enquanto para Freire é possível sim educar adultos e a responsabilidade do educador – tal como em Sartre – leva à liberdade. Concluímos ser possível a educação social de adultos se, numa relação dialógica, nos educarmos com eles.
Referência(s)