Análise das Serologias para Infeções do Grupo TORCH e do Rastreio para Streptococcus do Grupo B na População de Grávidas de uma Maternidade
2013; Ordem dos Médicos; Volume: 26; Issue: 5 Linguagem: Português
10.20344/amp.564
ISSN1646-0758
AutoresDavid Lito, Telma Francisco, Inês Salva, Maria das Neves Tavares, Rosa Oliveira, Maria Teresa Neto,
Tópico(s)Streptococcal Infections and Treatments
ResumoSystematic screening for TORCH infections and group B Streptococcus (GBS) during pregnancy has been an important factor in the improvement of perinatal care.To evaluate TORCH serology and GBS carriers state in the population of a maternity, to assess variability with age and nationality and to search for congenital infections.Non-probabilistic prevalence study.9508 TORCH and 2639 GBS results were registered. Immunity rate for rubella was 93.3%, higher for Portuguese women; for toxoplasmosis it was 25.7%, higher among the oldest and foreign women; IgG for CMV was positive in 62.4%, no influence of age was found. VDRL was reactive in 0.5%; HBsAg was found to be positive in 2.3%, higher in foreign women. Antibodies for hepatitis C virus and HIV were found respectively in 1.4% and 0.7%. No congenital infections were diagnosed. GBS carrier state was found in 13.9%.A high rate of positive IgG was found for rubella reflecting vaccines policy. For toxoplasmosis the low rate of positives means that a high number of pregnant women have to repeat serology during pregnancy with inherent costs. Like in the general population, a high rate of CMV positive mothers was found. For some infections we found that foreign women had different conditions.Knowledge on TORCH and GBS state helps to better draw guidelines concerning screening policies during pregnancy.Objectivo: Avaliar o resultado de serologias para infeções do grupo TORCH e do rastreio para Streptococcus do grupo B (SGB) numa amostra de grávidas de uma maternidade, estudar a influência da idade e da nacionalidade, e identificar casos de infecção congénita.Material e Métodos: Estudo não probabilístico de prevalência de imunidade e infecção durante a gravidez.Resultados: Registámos 9508 serologias TORCH e 2639 resultados de rastreio para SGB. A taxa de imunidade para rubéola foi 93,3%, significativamente mais elevada em portuguesas; 25,7% das mulheres tinham IgG positiva para Toxoplasma goondii; a taxa foi mais elevada nas mulheres mais velhas e entre estrangeiras; encontrámos IgG positiva para vírus citomegálico humano (CMV) em 62,4%; não houve variação com a idade. O VDRL foi reactivo em 0,5%; 2,3% das mães tinham AgHBs positivo, mais frequente nas estrangeiras; 1,4% tinha anticorpos para o vírus da hepatite C e 0,7% tinha VIH positivo. Não houve casos declarados de infeção congénita; 13,9% das mulheres eram portadoras de SGB.Discussão: A elevada taxa de imunidade para a rubéola é resultado da política nacional de vacinação. A baixa taxa de imunidade para a toxoplasmose torna mais dispendioso o acompanhamento das grávidas. A elevada prevalência do CMV está de acordo com o encontrado na comunidade. Para algumas infeções foram encontradas diferenças de acordo com a nacionalidade.Conclusão: O conhecimento da imunidade e infecção na população é um instrumento importante para o planeamento dos rastreios durante a gravidez.
Referência(s)