
Utilização de fitoterápicos por idosos: resultados de um inquérito domiciliar em Belo Horizonte (MG), Brasil
2008; Springer Science+Business Media; Volume: 18; Linguagem: Português
10.1590/s0102-695x2008000500021
ISSN1981-528X
AutoresLucianno Dias Paes Marlière, Andréia Queiróz Ribeiro, Maria G.L. Brandão, Carlos Henrique Klein, Francisco de Assis Acúrcio,
Tópico(s)Ethnobotanical and Medicinal Plants Studies
ResumoOs fitoterápicos constituem uma modalidade de terapia complementar ou alternativa diante das necessidades de saúde e seu uso tem sido crescente na população idosa de diversos países. Entretanto, apresentam interações medicamentosas e reações adversas importantes e sua utilização não deve ser indiscriminada. Este estudo objetivou caracterizar o perfil de utilização de fitoterápicos por aposentados e pensionistas do INSS, com 60 anos e mais, residentes em Belo Horizonte, MG. A partir do cadastro do INSS, selecionou-se uma amostra aleatória de 881 idosos para entrevista. Investigou-se a prevalência de uso de fitoterápicos e interações medicamentosas potenciais. Um total de 667 (80,3%) dos selecionados foi entrevistado. Setenta e um participantes (10,6%) utilizaram fitoterápicos nos últimos 15 dias, principalmente aqueles preparados a partir de extratos de ginkgo (41,8%), aesculus (12,3%) e isoflavonas de soja (8,2%). Mais de 60% dos fitoterápicos foram adquiridos em farmácias de manipulação. Aproximadamente 45% dos usuários de fitoterápicos estavam expostos a pelo menos uma interação medicamentosa potencial entre eles e medicamentos sintéticos, tais como entre ginkgo e diuréticos tiazídicos (14) e antiagregante plaquetário/anticoagulantes (8). São necessárias estratégias de orientação para o uso racional de fitoterápicos entre idosos, mais vulneráveis aos prejuízos decorrentes da utilização inadequada desses.
Referência(s)