
A revolução tranquila e as mobilidades políticas e culturais no Quebec
2012; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 22; Issue: 3 Linguagem: Português
10.17851/2317-2096.22.3.139-147
ISSN2317-2096
Autores Tópico(s)Cultural Identity and Heritage
ResumoO artigo visa analisar os trânsitos políticos e culturais desencadeados pela chamada Revolução Tranquila ocorrida nos anos 1960 na província do Quebec e que tiveram como consequência a ruptura radical com um sistema social de base tradicional sob a tutela da Igreja Católica, levando a sociedade a se repensar em termos identitários e a promover uma ampla tomada de consciência sobre sua pertença à América e sobre a necessidade de afirmação de uma especificidade quebequense. Destaca-se, de um lado, o papel de Gaston Miron como um dos principais artífices que desenhou uma nova cartografia literária do Quebec francófono e, de outro, o revival desse período realizado pelo filme C.R.A.Z.Y., de 2005, do cineasta quebequense Jean-Marc Vallée. O filme homenageia a Revolução Tranquila ao sublinhar as mobilidades culturais entre as gerações no Quebec dos anos 1960, os deslocamentos do personagem entre o Canadá e Israel e as passagens da tradição para a modernidade.
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