
A diáspora de Maria: relações sincréticas e culturais entre Nossa Senhora, Kianda e Nzuzu em o outro pé da sereia, de Mia Couto. DOI: 10.5212/Uniletras.v.33i2.0004
2012; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA; Volume: 33; Issue: 2 Linguagem: Português
10.5212/uniletras.v33i2.2384
ISSN1983-3431
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoNascida na Galileia, Maria tornar-se-ia o maior icone feminino do cristianismo. Contudo, seculos depois, sua imagem cruza os mares, dentro de caravelas portuguesas como patrona da colonizacao. Maria torna-se diasporica e desemboca frente a outras divindades criando uma relacao sincretica com estas - um mesmo registro de A diaspora de Maria: relacoes sincreticas e culturais entre Nossa Senhora, Kianda e Nzuzu em o outro pe da sereia, de Mia Couto. DOI: 10.5212/Uniletras.v.33i2.0004relacao com o sagrado. A partir da colonizacao portuguesa na Africa, a religiao tambem se tornou um forte elemento acultural. Os portugueses utilizando da autoridade religiosa impoem a fe crista aos bantos, gerando assim uma crenca hibrida e sincretica. Couto mostra como esse sincretismo uniu a ―Africa portuguesa desde a colonizacao ate os dias de hoje, e como Nossa Senhora, a grande mae crista tambem passou por esse processo, tornando-se no romance as deusas das aguas africanas. Nossa proposta e analisar este sincretismo entre a Virgem Maria, a sereia banto Kianda e a deusa dos rios mocambicanos Nzuzu, em O outro pe da sereia (2006), de Mia Couto. Nossa analise versara sobre de que forma o sincretismo subverte as relacoes entre colonizadores e colonizados e ao mesmo tempo resgata identidades e valores profundos do sujeito (pos)-colonial.
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