
Alforrias e tamanho das posses: possibilidades de liberdade em pequenas, médias e grandes propriedades do sudeste escravista (século XIX)
2011; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 27; Issue: 45 Linguagem: Português
10.1590/s0104-87752011000100010
ISSN1982-4343
Autores Tópico(s)Colonialism, slavery, and trade
ResumoO objetivo deste artigo é empreender uma análise acerca das possibilidades de alforria em pequenas, médias e grandes posses de escravos, localizadas em Juiz de Fora (MG), Zona da Mata Mineira, no século XIX. A partir do intercruzamento de fontes concernentes a três grandes famílias possuidoras de escravos, pudemos perceber que a maioria das alforrias distribuídas aos cativos não se deu necessariamente por meio da carta de alforria, sendo também muito importantes as manumissões em testamento e no decorrer do inventário, além das distribuídas em outras situações. Percebemos que os três grandes proprietários de cativos estudados alforriaram proporcionalmente mais cativos do que os pequenos e médios. Houve, portanto, em Juiz de Fora, uma correlação inversa entre o tamanho das posses e as percentagens de alforria "concedidas" por pequenos, médios e grandes senhores escravistas.
Referência(s)