Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Estudo por imagem da síndrome do desfiladeiro torácico

2006; Elsevier BV; Volume: 46; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0482-50042006000500009

ISSN

1809-4570

Autores

Marina Celli Francisco, Je Hoon Yang, Simone Maluf Barella, Fabiano Celli Francisco, Jamil Natour, Artur da Rocha Corrêa Fernandes,

Tópico(s)

Nerve Injury and Rehabilitation

Resumo

O desfiladeiro toracico consiste em dois espacos anatomicos: 1. Espaco do triângulo interescaleno: compreende o espaco entre o musculo escaleno anterior (anteriormente), musculos escalenos medio e posterior (posteriormente) e pela primeira costela (inferiormente). O tronco superior do plexo braquial (raizes C5 e C6) e o tronco medio (raiz C7) ocupam a porcao superior deste espaco. O tronco inferior (raizes C8 e T1) ocupa a parte inferior, posteriormente a arteria subclavia. A arteria subclavia situa-se na margem inferior deste espaco. 2. Espaco costoclavicular: delimitado pela metade medial da clavicula (superiormente), pela face cranial da primeira costela (inferiormente), pelo ligamento costoclavicular ou romboide (anteriormente) e pelo musculo escaleno posterior (posteriormente). O plexo braquial e formado pela uniao dos ramos ventrais das raizes C5 a C8 e a maior parte do ramo ventral de T1. Os ramos ventrais de C5 e C6 se unem para formar o tronco superior. O ramo ventral de C7 continua como tronco medio, e os ramos ventrais de C8 e T1 juntam-se para formar o tronco inferior. Cada um dos tres troncos se divide em anterior e posterior. As divisoes posteriores unem-se para formar o fasciculo posterior. Ja as divisoes anteriores dos troncos superior e medio juntam-se para formar o fasciculo lateral, e a divisao anterior do tronco inferior prossegue como fasciculo medial. O termo sindrome do desfiladeiro toracico (SDT) foi utilizado pela primeira vez por Peet et al(1), em 1956, e descreve um quadro clinico atribuido a compressao do plexo braquial, arteria e veia subclavias na regiao designada desfiladeiro toracico. Sua incidencia varia de 3 a 80 casos/1.000 habitantes, predominando em mulheres entre 20 e 50 anos(2). A SDT e dividida em cinco apresentacoes clinicas(3): 1. Neurogenica com sinais clinicos classicos e achados compativeis a eletroneuromiografia; 2. Neurogenica com sinais clinicos inespecificos e sem os achados tipicos a eletroneuromiografia; 3. Vascular por compressao arterial; 4. Vascular por compressao venosa; 5. Pos-traumatica: apresenta sinais e sintomas de compressao neurogenica pos-traumatica. Muitas causas podem ser atribuidas a SDT, como compressao por anormalidades claviculares, costela cervical no segmento C7, alteracoes no primeiro arco costal, musculo subclavicular, membrana costoclavicular, ligamento costocoracoide e musculos escalenos anterior e medio(4).

Referência(s)