Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A CORRIDA ATRÁS DO OBJETO: OS ANTISSUJEITOS ÁTONO E TÔNICO

2014; Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português

10.21709/casa.v11i2.6545

ISSN

1679-3404

Autores

Carolina Tomasi,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

Este artigo verifica como as interrupções na HQ “Futboil”, de Luiz Gê, são reguladas. Os estudos de missividade de Zilberberg (2006) observam que, quando o fazer emissivo impera, o percurso do sujeito evolui, a narrativa avança e que, quando o fazer remissivo impera, o antissujeito entra em cena, e o percurso do sujeito sofre uma parada em sua evolução, ficando latente. Trata-se de uma intercalação na narrativa entre a parada (remissividade) e a parada da parada (emissividade). Com base nesse jogo missivo, partimos da proposição de dois tipos de antissujeito: de densidade fraca, átono, que interrompe fracamente o percurso do sujeito, e de densidade forte, tônico, que interrompe fortemente a narrativa, ou, em alguns casos, como é o exemplo do final de “Futboil” (a destruição do balão), que introduz uma parada definitiva, chegando a destruir o próprio objeto almejado. Este último tipo faz paradoxalmente o papel actancial de antissujeito e de sujeito: eles mesmos querem, eles mesmos conseguem e eles mesmos rasgam o balão.

Referência(s)