A abolição da morte na modernidade: problemas sociais e existenciais em romances de José Saramago e Origenes Lessa
2013; Issue: 28 Linguagem: Português
10.4025/urutágua.v0i28.18828
ISSN1519-6178
Autores Tópico(s)Palliative and Oncologic Care
ResumoCerteza unica que se tem na vida, a morte e um assunto afastado das rodas sociais, tornou-se um tabu, e procura-se, o menos possivel, falar ou pensar nela. Diz-se que o maior dos sonhos dos seres humanos e viver eternamente, ou seja, elimina-la seria o maior dos feitos humanos. Contudo, algumas culturas, como a mexicana, cultuam a morte e tem pensamentos que diferem daqueles do senso comum moderno. Algumas sociedades ao longo do tempo tambem tiveram uma relacao mais proxima com ela. Os filosofos existencialistas, notadamente Sartre e Heidegger afirmam que so perante a morte e que o ser humano elucida a vida. Entretanto, imagina-se, por um instante, como a sociedade moderna reagiria com o fim da morte. Seria uma conquista, como a humanidade sempre sonhou, ou uma catastrofe total, visto que se perderia aquilo que lhe fazia dar valor a vida como diziam os existencialistas? Nos romances As Intermitencias da Morte de Jose Saramago, e A Desintegracao da Morte de Origenes Lessa, a morte e abolida. Como a sociedade conseguiria suportar uma superpopulacao? Quais os problemas que tal fato causaria na sociedade? Estariamos preparados para viver eternamente? Sao questoes que se propoe responder no presente trabalho.
Referência(s)