Flânerie e Badaud na contemporaneidade: uma análise do comportamento de Júlia de Sousa e Carlos Ventura, personagens de Sem Nome, de Helder Macedo

2008; Volume: 14; Issue: 3 Linguagem: Português

ISSN

1982-1093

Autores

Juliana Raguzzoni Cancian,

Tópico(s)

History, Culture, and Society

Resumo

O presente artigo inicia com uma discussao acerca da modernidade enquanto periodo historico de transformacao politica, economica e social; e do modernismo, como representante dessas mesmas transformacoes no âmbito do espirito, da cultura, da arte e do pensamento. Essas primeiras nocoes serao tomadas, sem que se desconsidere o que para muitos e a chamada pos-modernidade, nao com o intuito de fi xar posicoes e demarcacoes rigidas, mas de entender e qualifi car o tempo moderno em que vivemos e do qual surgem, a cada dia, mais e mais composicoes literarias. As caracteristicas da fl ânerie e do badaud serao tambem abordadas no contexto moderno, para posteriormente serem transpostas aos dias de hoje, a partir da analise do comportamento de dois personagens de Sem Nome (2005) de Helder Macedo, a protagonista Julia de Sousa e seu colega de trabalho, o jornalista Carlos Ventura. Pretende-se, com isso, visualizar os tipos fl âneur e basbaque nesse romance, como parâmetro para entendermos que o homem social do seculo XXI ainda se relaciona ora com um, ora com outro tipo. O pano de fundo da narrativa macediana e a Portugal de 2004, com resquicios ainda vivos dos tempos da ditadura Salazarista.

Referência(s)