Artigo Revisado por pares

O “COCHO DA MUNICIPALIDADE”: UMA ANÁLISE DO ROMANCE FOGO MORTO, DE JOSÉ LINS DO REGO

2011; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português

ISSN

2177-3807

Autores

Esequiel Gomes da Silva,

Tópico(s)

Gender, Sexuality, and Education

Resumo

Normal 0 21 MicrosoftInternetExplorer4 Publicado em 1943, Fogo morto e um romance que, segundo Jose Aderaldo Castello, sintetiza todo o trabalho anterior de Jose Lins do Rego. No livro em questao, o autor internalizou um periodo importante da historia politica brasileira: o enredo se ambienta nos anos de 1911/1912, durante a republica oligarca, periodo no qual os coroneis mantinham o controle do processo eleitoral. Os sinais de mudanca so comecariam a aparecer com a eleicao de Hermes da Fonseca para presidente da republica, em 1910, quando se implementou a chamada “politica das salvacoes”. No mundo ficcional criado por Jose Lins do Rego, ha tres grandes personagens, – coronel Lula de Holanda, Jose Amaro e Vitorino Carneiro da Cunha, – que representam tres tipos de discursos: dos “grandiosos”, dos “sombrios” e dos “quixotescos” e que se relacionam de forma bastante tensa nesse ambiente de agitacao politica. Momento de sucessao do governo estadual, em que os coroneis, chefes de partidos politicos, organizavam seus “currais eleitorais” para garantir a vitoria do candidato que apoiavam. Feitas essas observacoes, com esse estudo, nosso interesse e analisar o modo pelo qual o romancista configurou a questao do voto de cabresto no interior desse romance. Melhor dizendo, como um fator externo – o momento da historia politica do pais – se tornou interno, nas palavras de Antonio Candido.

Referência(s)