
Muito barulho por nada ou o “xangô rezado baixo”: uma etnografia do “Quebra de 1912” em Alagoas, Brasil
2010; Centro em Rede de Investigação em Antropologia; Issue: vol. 14 (2) Linguagem: Português
10.4000/etnografica.297
ISSN2182-2891
Autores Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoEm junho de 1939 Gonçalves Fernandes visitou Maceió, quase trinta anos após o fatídico episódio que ficou conhecido no local como o "Quebra de 1912" e que implicou na destruição quase total das casas de cultos afro-religiosos da capital estadual e municípios vizinhos. O estudioso pernambucano verificou a existência de uma modalidade religiosa que ele chamou de "candomblé em silêncio", tendo dedicado ao assunto todo o primeiro capítulo do seu livro O Sincretismo Religioso no Brasil. As cerimônias realizadas nos terreiros de Maceió no período são descritas por ele como uma liturgia fechada, sem danças, cantos e sem a exaltação dos toques dos tambores, estando, portanto, cercadas de mistério e segredo, prevalecendo o cochicho e as atitudes pouco extravagantes.
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