Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Pitiose: uma micose emergente

2018; UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 34; Issue: 1 Linguagem: Português

10.22456/1679-9216.15060

ISSN

1679-9216

Autores

Jânio Morais Santúrio, Sydney Hartz Alves, Daniela Isabel Brayer Pereira, Juliana Siqueira Argenta,

Tópico(s)

Veterinary Oncology Research

Resumo

A pitiose é uma enfermidade piogranulomatosa do tecido subcutâneo causada pelo Pythium insidiosum, microrganismo classificado no Reino Straminipila, Classe Oomycetes, Ordem Pythiales, Família Pythiaceae, Gênero Pythium e espécie P. insidiosum. Acomete várias espécies animais, porém a doença é mais freqüentemente observada em equinos, podendo, também, afetar os humanos. Epidemiologicamente a pitiose está intimamente relacionada com o contato dos animais e humanos com águas contaminadas pelo agente, onde produz zoosporos móveis que constituem-se na forma infectante do Pythium insidiosum. A enfermidade em eqüinos caracteriza-se principalmente pelo desenvolvimento de lesões subcutâneas ulcerativas e granulomatosas de aparência tumoral com presença de massas branco-amareladas, chamadas internacionalmente de "kunkers". Já nas outras espécies a formação dos "kunkers" não é observada. O diagnóstico de pitiose é realizado pelos sinais clínicos, histopatologia, isolamento e identificação do agente, técnicas sorológicas como imunodifusão, ELISA e imunohistoquímica e mais recentemente por PCR. A doença destaca-se pela dificuldade no tratamento, uma vez que as drogas antifúngicas disponíveis não mostram eficiência contra o Pythium insidiosum. Atualmente a utilização de imunoterápicos constitui-se na alternativa de terapia em eqüinos, com resulatados animadores. Este trabalho tem por objetivos revisar os aspectos taxonômicos, epidemiológicos clínicos e histopatológicos da pitiose em diversas espécies. Também são abordados as técnicas diagnósticas e as perspectivas imunoterápicas.

Referência(s)