
Naturalismo e banalidade em Um canalha (1895), de Figueiredo Pimentel
2015; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 7; Issue: 2 Linguagem: Português
10.15448/1983-4276.2014.2.17128
ISSN1983-4276
AutoresLeonardo Mendes, Renata Ferreira Vieira,
Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoO nome do escritor Alberto Figueiredo Pimentel (1869-1914) é uma ausência notável na história da literatura brasileira e, principalmente, na história do naturalismo no Brasil. O objetivo deste trabalho é estudar a trajetória do escritor e sua relação com a estética naturalista por meio do estudo de seu segundo romance: Um canalha, publicado pela Livraria Laemmert no Rio de Janeiro em 1895. Adotamos uma concepção ampliada de naturalismo como estética da civilização industrial do século XIX, destemida do paradoxo, capaz de acomodar subgêneros, apropriações, vertentes e modos de execução estranhos à historiografia tradicional, mas que eram reconhecidos como “naturalistas” no momento de sua primeira circulação. Ao estudar a obra do autor, chamamos a atenção para uma vertente pouco conhecida da estética, que o crítico David Baguley (1990) chamou de “naturalismo da desilusão”, interessado em retratar o banal, o anti-heroico e o que “não acontecia” na vida dos personagens.
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